Governo montará grupo de trabalho para elaborar reforma administrativa
O governo federal montará um grupo de trabalho para elaborar a reforma administrativa. Esse foi o meio encontrado para atender a pressão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tem cobrado mudanças o setor...
O governo federal montará um grupo de trabalho para elaborar a reforma administrativa. Esse foi o meio encontrado para atender a pressão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tem cobrado mudanças o setor.
A informação foi confirmada a O Antagonista na tarde desta quarta-feira (6) por fontes do Ministério da Fazenda. Vão compor o grupo técnicos da pasta além dos ministérios do Planejamento e Orçamento e do de Gestão e Inovação.
Inicialmente, o grupo começa os trabalhos em até duas semanas.
Como parte da reforma, o governo federal vai apoiar a tramitação do projeto de lei (PL) que atualiza as regras dos concursos públicos. O texto foi aprovado na Câmara, em agosto de 2022, e está no Senado.
Nesta terça-feira (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou apoio ao projeto que limita o pagamento de supersalários.
Entenda o caso
O governo Lula precisa encontrar uma forma de equalizar a reforma administrativa para fugir do fantasma do ex-ministro da Economia Paulo Guedes.
O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), ameaça tramitar a reforma desenhada na gestão de Guedes. A movimentação afeta o funcionalismo público em cheio — categoria que foi uma forma motriz para Lula chegar ao terceiro mandato.
Haddad, defende que não é o melhor momento para se realizar essa discussão e qualquer investida pode contaminar a pauta econômica no Congresso. A ideia dele é que a reforma administrativa só seja debatida após a aprovação da reforma tributária.
A reforma administrativa de Guedes prevê o corte de benefícios e mudanças no regime de contratação. Licenças, aumentos e férias superiores a 30 dias seriam dificultados ou até mesmo extintos.
Após concurso público, por exemplo, só os mais bem avaliados seriam efetivados. O servidor passaria por avaliações contínuas. As demissões teriam mecanismos facilitadores.
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