Cid tratava presentes como propriedade de Bolsonaro, diz ex-chefe do GADH
O ex-chefe do Gabinete de Documentação Histórica (GADH) da Presidência da República, Marcelo Vieira, afirmou nesta terça-feira (5) que o tenente-coronel Mauro Cid (foto), ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tratava os presentes recebidos por delegações estrangeiras como “personalíssimos”...
O ex-chefe do Gabinete de Documentação Histórica (GADH) da Presidência da República, Marcelo Vieira, afirmou nesta terça-feira (5) que o tenente-coronel Mauro Cid (foto), ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tratava os presentes recebidos por delegações estrangeiras como “personalíssimos”.
Em entrevista à Globonews, Vieira disse que Cid passou quatro anos tratando os presentes recebidos por delegações estrangeiras como propriedade privada do ex-presidente.
“O Cid já chegava dizendo que aquilo era personalíssimo. E eu falava assim: ‘pelo amor de Deus, isso não é personalíssimo’”, afirmou.
“Passei quatro anos explicando isso para ele. E ele continuou. Eu não sei se ele não entendia ou se entrava por um ouvido e saía pelo outro”, acrescentou.
O ex-funcionário do Planalto disse que Cid o questionava sobre a venda de presentes recebidos pela Presidência apenas em “conversas informais”.
Vieira também confirmou ter sido consultado sobre a comercialização dos itens recebidos após o caso das joias sauditas ter sido revelado pela imprensa.
Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), são personalíssimos itens de menor valor ou de consumo, como roupas, alimentos e perfumes. Artigos de maior valor, como as joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita, devem ser incorporadas ao acervo da União.
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