Defesa de Bolsonaro pede acesso integral aos depoimentos à PF
A defesa de Jair e Michelle Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (1º) um pedido de acesso a todos os depoimentos prestados ontem à Polícia Federal sobre o caso das...
A defesa de Jair e Michelle Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (1º) um pedido de acesso a todos os depoimentos prestados ontem à Polícia Federal sobre o caso das joias sauditas. Apesar de o ex-presidente e a ex-primeira-dama terem ficado em silêncio, o tenente-coronel Mauro Cid, o general Lourena Cid, o segundo-tenente Osmar Crivelatti e o advogado Frederick Wassef colaboraram com a PF durante as oitivas.
“Diante do significativo progresso nas investigações, notadamente com a obtenção de depoimentos cruciais ocorridos ontem, requer-se a autorização para a atualização dos autos, permitindo o acesso integral aos termos de declarações relativos às oitivas realizadas em 31 de agosto de 2023″, diz o pedido protocolado junto ao Supremo.
Mais cedo, o advogado Cezar Bitencourt, responsável pela defesa de Mauro Cid, afirmou que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro não fez nenhuma acusação contra o ex-presidente e que “assumiu tudo” nos depoimentos prestados à Polícia Federal.
Até o momento, Mauro Cid já acumula cerca de 20 horas de depoimento à Polícia Federal sobre o caso das das joias sauditas vendidas ilegalmente nos Estados Unidos. Bitencourt acrescentou que nada foi dito que apontasse desonestidade por parte de Bolsonaro.
“O Cid assumiu tudo. Não colocou Bolsonaro em nada. Não tem nenhuma acusação de corrupção, envolvimento de Bolsonaro, envolvimento ou suspeita de Bolsonaro. A defesa não está colocando o Cid contra Bolsonaro”, declarou o advogado em áudio enviado ao G1.
Confissão
A informação de que Cid iria confessar agitou a política de Brasília por alguns dias, pela expectativa de que ele poderia vir a implicar Bolsonaro na história. Seu advogado deu várias versões sobre o assunto em entrevistas, o que levou a crer, em alguns momentos, que Bolsonaro seria responsabilizado pelo ex-ajudante de obras pela tentativa de vender as joias.
Ontem, oito pessoas investigadas pelo caso prestaram depoimentos simultâneos, para evitar combinação de respostas. Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle optaram por permanecer calados. Já Mauro Cid falou por mais de 10 horas.
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