Itaú e BTG são os primeiros a realizar uma transferência em Drex
A primeira transferência interbancária do real digital foi realizada em uma operação entre os bancos Itaú e BTG Pactual nesta semana. As instituições financeiras fazem parte dos dez consórcios privados que participam do projeto piloto
A primeira transferência interbancária do real digital foi realizada em uma operação entre os bancos Itaú e BTG Pactual. As instituições financeiras fazem parte dos dez consórcios privados que participam do projeto piloto do Banco Central e constituírma os chamados nós validadores do protocolo de prova de premissão Hyperledger Besu (livro-razão distribuído e imutável escolhido pela autoridade monetária).
De acordo com informação publicada pelo Valor, outros seis consórcios que participam do programa ainda estão encontrando dificuldades para implementação dos nós. Por isso mesmo, o BC adiou para dezembro o prazo para início dos testes que podem levar à tokenização da moeda soberana brasileira.
A expectativa da autarquia é que a tecnologia revolucione as transações programáticas por meio dos smart contracts. A inovação permitirá que instituições criem processos eficientes e automatizados para operações mais complexas do que simples pagamentos, como operações de crédito programáveis com desembolsos automáticos, no mesmo formato de um débito automático, porém, disponíveis para todo o mercado e com transparência nas transações. Outros instrumentos financeiros também podem ser beneficiado com a tecnologia, como transações no mercado secundário de títulos privados.
A medida também promete agitar o mercado de fintechs. O Pix, por exemplo, possibilitou inovações como a integração de boletos via QR Code, que antecipam a compensação e conciliação sem demorar um dia útil – o que significa melhor fluxo de caixa para quem emite e mais facilidade para quem paga. De acordo com os dados da QI Tech, 43% dos boletos são emitidos integrados ao Pix (popularmente chamados de “BoletoPix”) atualmente. Compras online e em lojas físicas também ganharam esta modalidade de pagamento, que permite até a concessão de parcelamento sem a necessidade de um cartão de crédito.
De acordo com Marcelo Bentivoglio, CFO da QI Tech, o Drex deve ultrapassar os resultados obtidos com o Pix. “Se o Pix alcançou dezenas de milhões de transações mensais sendo apenas um veículo de pagamento, podemos imaginar que o Drex irá impulsionar ainda mais os volumes transacionados, assim que soluções de crédito, investimentos, seguros e muitos outros estiverem disponíveis via blockchain. O futuro é promissor”, afirma.
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