PF mira ministro de Lula em operação contra corrupção
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (1º) uma operação para apurar suspeitas de corrupção envolvendo verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf)...
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (1º) uma operação para apurar suspeitas de corrupção envolvendo verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Entre os alvos está a prefeita de Vitorino Freire, no Maranhão, Luanna Resende, irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA, foto).
Ao todo, os policiais federais cumprem 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades de São Luís, Vitorino Freire e Bacabal.
Também são cumpridas outras medidas cautelares diversas da prisão, como afastamento da função pública, suspensão de licitações e vedação da celebração de contratos com órgãos públicos, bem como ordens de indisponibilidade de bens.
Segundo a Folha de S. Paulo, a PF chegou a pedir buscas contra Juscelino Filho, mas a solicitação foi negada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF. O magistrado, contudo, autorizou o afastamento de Luanna da prefeitura de Vitorino Freire.
Batizada de Benesse, a operação mira obras da construtora Construservice, que, a serviço da Codevasf, foram bancadas com recursos de emendas parlamentares.
Ainda de acordo com o jornal, emendas de pelo menos 42 milhões de reais indicadas pelo ministro foram destinados a contratos com empreiteiras suspeitas de envolvimento em irregularidades nas obras da estatal. Desse total, 19,3 milhões de reais foram empenhados em obras da Construservice em municípios do Maranhão.
Iniciada em 2021, a investigação teve a sua primeira fase ostensiva deflagrada em julho de 2022 (Operação Odoacro), e a segunda em outubro do mesmo ano (Odoacro II).
“A presente fase alcança o núcleo público da organização criminosa, após se rastrear a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica de um município maranhense”, afirmou a PF.
“Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude a licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva”, acrescentou.
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