G. Dias diz que ordenou prisão de manifestantes no 8 de Janeiro
Ao concluir suas considerações iniciais na CPMI do 8 de Janeiro, nesta quinta-feira, G. Dias (foto) defendeu-se das acusações de que agiu de maneira pacífica e mesmo negligente contra manifestantes que invadiram o Palácio do Planalto naquela data...
Ao concluir suas considerações iniciais na CPMI do 8 de Janeiro, nesta quinta-feira, G. Dias (foto) defendeu-se das acusações de que agiu de maneira pacífica e mesmo negligente contra manifestantes que invadiram o Palácio do Planalto naquela data. O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula disse que ordenou prisões de manifestantes — mas que focou em impedir uma ação com feridos ou mesmo mortos no local.
“Era preciso evacuar os manifestantes do prédio, prender o máximo de manifestantes possível e não permitir a escalada de violência, garantindo a integridade física dos presos, com o mínimo de feridos e sem nenhum óbito”, disse G. Dias aos deputados e senadores em reunião que ocorre nesta quinta-feira (31) no Senado Federal.
“Claro que tive ímpetos de reagir e de confrontar. Contudo, readquirindo o autocontrole, controlei-me porque tinha que cumprir minha missão: não deixar que defasassem o núcleo central do poder palaciano, o gabinete presidencial que fica no terceiro andar”, concluiu. Ele ainda relatou o encontro com manifestantes em uma sala ao lado do gabinete da Presidência, flagradas por câmeras e cuja publicação, três meses depois, levaram à sua demissão do cargo. “Indiquei a eles e a mais algumas pessoas a escada que levava para o segundo andar”, disse G. Dias. “Tivemos algumas altercações, evitei a violência e conduzi todos eles e mais alguns para o local de acesso à escada que levaria para o segundo andar. Eu havia determinado que as prisões fossem feiras no segundo andar.“
Não se sabe, no entanto, se estas pessoas citadas por G. Dias acabaram de fato presos por tropas a mando do general da reserva, conhecido como o “sombra” de Lula e que ocupou o comando do GSI.
Mais cedo, ele disse que, se tivesse maior noção do tamanho do caso, teria sido mais duro na repressão.
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