Se soubesse, teria sido mais duro na repressão, diz G.Dias à CPMI
O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula Marco Edson Gonçalves Dias (foto) disse nesta quinta feira (31) que teria agido de maneira mais enérgica na repressão à invasão do Palácio do Planalto, caso tivesse o conhecimento do fato que tem hoje. Ele fala à CPMI do 8 de Janeiro, na condição de testemunha...
O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula Marco Edson Gonçalves Dias (foto) disse nesta quinta feira (31) que teria agido de maneira mais enérgica na repressão à invasão do Palácio do Planalto caso tivesse o conhecimento sobre os fatos que tem hoje. Ele fala à CPMI do 8 de Janeiro, na condição de testemunha.
“Tendo conhecimento agora da sequência de fatos que nos levaram até aquelas agressões de vândalos, e também da ineficiência dos agentes que atuavam na execução do Plano Escudo, seria mais duro do que fui na repressão”, disse. “Faria diferente, embora tenha plena certa de que envidei todos os esforços e ações que estavam ao meu alcance, para mitigar danos e o mais importante: preservar as vidas de cidadãs e cidadãos brasileiros, sem derramar uma gota de sangue e sem nenhuma morte.”
G. Dias também relatou um encontro com o então secretário-executivo do GSI, general Carlos Assunção Penteado.
“Perguntei a ele [general Penteado] por que o bloqueio na frente do Palácio, que deveria ter sido feito pela Polícia Militar do Distrito Federal, não havia sido montado. Aquele era o bloqueio do Plano Escudo do Planalto e tinha que estar montado. Não estava”, disse o ex-ministro.
G. Dias disse à CPMI que caiu do cargo, em abril, pela publicação “imprecisa e desconexa de vídeos gravados no interior do Palácio do Planalto, durante a invasão do prédio em 8 de janeiro de 2023″. Segundo ele, no dia foram cometidas “agressões imprensáveis à democracia brasileira”. Ele foi flagrado pelas câmeras de vigilância da sede do poder Executivo agindo de maneira amistosa com manifestantes que invadiram e depredaram o prédio. A má repercussão das imagens causou a queda do general da reserva, considerado como uma “sombra” de Lula.
“Em resumo, teria feiro de maneira diferente”, concluiu.
Ele também indicou, durante sua fala inicial aos deputados e senadores, que não foi convidado para reunião de preparação para operações, que ocorreu na sexta-feira (6), dois dias antes do ato. O militar ainda disse que, após chegar ao Palácio do Planalto, ligou para Lula para narrar os fatos no local.
O general tem direito a manter-se em silêncio, graças a um habeas corpus garantido pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, ele deve responder qualquer pergunta que não o incrimine.
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