PT faz críticas veladas a Zanin, a militares e defende reeleição de Lula em 2026
Em resolução divulgada nesta quarta-feira (30), a Executiva Nacional do PT fez críticas veladas ao primeiro indicado de Lula ao STF, Cristiano Zanin; ao envolvimento de militares nos atos de 8 de janeiro e pela primeira vez defendeu publicamente o projeto de Lula tentar a reeleição em 2026...
Em resolução divulgada nesta quarta-feira (30), a Executiva Nacional do PT fez críticas veladas ao primeiro indicado de Lula ao STF, Cristiano Zanin; ao envolvimento de militares nos atos de 8 de janeiro e pela primeira vez defendeu publicamente o projeto de Lula tentar a reeleição em 2026.
No documento, o partido afirma que as eleições do ano que vem “demarcam um momento estratégico para a construção de uma sólida aliança popular e democrática que promova a recondução do Governo Lula em 2026”.
Desde 2016, por força da Operação Lava Jato, o PT vem perdendo espaço nas prefeituras. Hoje, a sigla comanda aproximadamente 180 municípios. O MDB, a título de comparação, tem em torno de 800 prefeitos.
“Neste sentido, tendo como estratégia política central a continuidade do projeto democrático popular representado pelo Presidente Lula e pelo PT, escolhido pelo povo nas eleições de 2022, é fundamental, neste processo eleitoral de 2024, estimular candidaturas próprias do PT”, acrescenta o partido.
Sobre o primeiro indicado de Lula ao STF, o PT declarou que manifesta a expectativa da Suprema Corte de reafirmar “direitos dos povos indígenas, como ocorreu em decisões anteriores”. “Esta expectativa de uma atuação em defesa da civilização é reforçada por recentes decisões e avanços do STF neste sentido. São eles: a equiparação da ofensa contra pessoas LGBTQIA+ ao crime de injúria racial”, informou o partido.
Zanin votou contra a tese da equiparação do crime de ofensa e foi criticado por petistas. Apesar de não ter citado Zanin publicamente, o trecho é direcionado à atuação do ex-advogado de Lula no STF.
Os militares também foram alvo do PT. Na resolução, o partido declara que “é urgente uma tomada de posição contundente em relação ao papel dos militares em nossa democracia, delimitando suas funções ao que está previsto na Constituição”.
“O comprovado envolvimento de oficiais graduados, ex-comandantes, bem como policiais militares e outros membros das Forças Armadas na sustentação da tentativa de golpe em 8 de Janeiro não permite leniência”, afirma o partido.
Até a semana que vem, o governo Lula pretende encaminhar uma PEC ao Congresso para impedir que militares da ativa participem de eleições.
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