Briga interna do governo sobre fiscal e IGP-M no radar do mercado
Envolvido em diversos fronts de batalha concomitantemente, governo tenta apresentar amanhã um projeto e Orçamento para o ano que vem minimamente crível...
Envolvido em diversos fronts de batalha concomitantemente, governo tenta apresentar amanhã um projeto e Orçamento para o ano que vem minimamente crível. Internamente, alas do Partido dos Trabalhadores e parte do primeiro escalão insiste pela revisão da meta de déficit primário zero no ano que vem, aparentemente, no entanto, Haddad fez valer a confiança que tem de Lula e deve manter o plano.
No Congresso Nacional, o Executivo tenta barrar medidas que envolvam novos gastos, mas não tem tido êxito. A Câmara dos Deputados, por exemplo, deve votar ainda hoje a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para os 17 setores da economia que mais empregam, após derrota governista para evitar a aprovação do pedido de urgência da matéria. No Senado, a pauta prevê a apreciação do projeto que devolve o voto de qualidade ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).
Em meio a esse cenário, Lula ainda tenta abrir espaço no governo para acomodar o Centrão e garantir algum alívio nas discussões que o Legislativo tem pela frente. Apesar do compromisso aparente de Haddad com a meta fiscal de zerar o déficit no ano que vem, caso as medidas que aumentam a arrecadação federal não avancem, a possibilidade de uma revisão da meta antes do fim do ano crescem. Como o mercado reagiria à alteração ainda é imprevisível, embora gestores e analistas não acreditem no sucesso da plano do ministro da Fazenda para o fiscal.
Bolsa e juros futuros locais seguiram a melhora internacional, com ações em alta e taxas em queda. Hoje, na agenda econômica, o IGP-M pode movimentar as expectativas com os juros. O consenso de mercado aponta para uma alta de 0,03% no indicador em agosto, na comparação com o mês passado. Caso se confirme, o número vai interromper a sequência de quatro leituras mensais consecutivas de deflação no indicador.
No cenário internacional, juros futuros operam em leve alta, com dados de inflação acima do esperado para a Espanha e com algumas supresas acima do esperado em estados alemães. Além disso, a agenda econômica americana traz novos dados sobre o mercado de trabalho e a revisão do PIB (Produto Interno Bruto)
No campo das commodities, o minério de ferro fechou a primeira parte da sessão em Singapura em alta de 1,91%, a US$ 112,30, a tonelada. O petróleo tipo Brent também era negociado com ganhos no início da manhã, cotado a US$ 86,03, o barril (+0,63%). As agrícolas também estão em alta no dia com destaque para os grãos.
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