PF intima Carla Zambelli para novo depoimento
A Polícia Federal (PF) intimou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP; foto) a prestar novo depoimento no âmbito das investigações sobre a suposta...
A Polícia Federal (PF) intimou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP; foto) a prestar novo depoimento no âmbito das investigações sobre a suposta tentativa de fraude nas eleições do ano passado com a ajuda do hacker Walter Delgatti.
A informação é do G1.
A deputada afirmou que o depoimento está previsto para a semana do dia 12 de setembro.
Essa será a primeira vez que a deputada depõe à PF desde a participação de Delgatti na CPMI do 8 de janeiro, onde ele chegou a afirmar que Zambelli lhe prometeu um cargo na campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) em troca do cometimento de ilegalidades.
Ele ainda disse que Zambelli, “por ordem do presidente [Jair] Bolsonaro”, lhe pediu para tentar forjar as urnas e que Bolsonaro lhe deu “carta branca para agir até mesmo na ilegalidade”.
A deputada é suspeita de ter pedido ao hacker que tentasse fraudar as urnas e invadir o email do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O pedido teria ocorrido em setembro de 2022, durante encontro na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo.
O hacker não conseguiu cumprir nenhuma das missões. Ele apenas falsificou um mandado de prisão contra Moraes no sistema do CNJ, motivo para a operação que resultou em sua prisão e em busca e apreensão em endereços de Zambelli no início do mês.
Moraes autorizou a operação com base em evidências de pagamentos feitos pelo gabinete de Zambelli ao próprio Delgatti.
A deputada reconheceu na coletiva que se encontrou com o hacker pelo menos “duas vezes ou três no máximo”, incluindo reuniões em Brasília. A deputada afirmou ter financiado a visita dele à capital.
Segundo ela, Delgatti teria oferecido serviço de auditoria das urnas.
O hacker chegou a se encontrar com Bolsonaro no Palácio do Alvorada e com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, na sede do partido.
Delgatti afirmou à CPMI do 8/1 que, na reunião com Bolsonaro, o então presidente teria lhe perguntado sobre fraude nas urnas eletrônicas.
Ele também atribuiu ao hoje ex-presidente a ordem para executar um suposto grampo ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A existência desse grampo não foi confirmada até então.
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