Mauro Cid chega à PF para novo depoimento
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid (foto), chegou à sede da PF em Brasília agora há pouco, nesta segunda-feira (28), para...
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid (foto), chegou à sede da PF em Brasília agora há pouco, nesta segunda-feira (28), para prestar novo depoimento.
Desta vez, Cid deve responder indagações sobre relato do hacker da Zambelli, Walter Delgatti, à CPMI do 8 de janeiro na semana retrasada.
Delgatti afirmou aos congressistas que, em reunião com Bolsonaro no Palácio do Alvorada no ano passado, o então presidente teria lhe perguntado sobre fraude nas urnas eletrônicas.
Ele ainda disse à CPMI que a deputada Carla Zambelli (PL-SP), “por ordem do presidente Bolsonaro”, lhe pediu para tentar forjar as urnas e que Bolsonaro lhe deu “carta branca para agir até mesmo na ilegalidade”.
Delgatti também atribuiu ao hoje ex-presidente a ordem para executar um suposto grampo ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A existência desse grampo não foi confirmada até então.
Cid está preso desde maio sob suspeita de liderar um esquema de falsificação de cartões de vacinação que beneficiou a si mesmo e a Bolsonaro, dentre outros.
Segundo informações da Polícia Federal apuradas por O Antagonista, as fraudes nos cartões de vacinação ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado. O cartão de vacinação de Bolsonaro também foi fraudado. As informações prévias apontam que foram incluídos dados de vacinação antes de ele viajar para os Estados Unidos para o seu autoexílio.
Por decreto, Jair Bolsonaro havia determinado sigilo em seu cartão de vacinação por um período de 100 anos.
Cid também é citado em investigações sobre o 8 de janeiro e outros atos antidemocráticos, assim como sobre o caso das joias sauditas.
A relatora da CPMI do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou em entrevista na semana passada que a comissão deverá tentar uma proposta de acordo de delação premiada com Cid.
Nunca um colegiado legislativo fez tal tipo de proposta.
A senadora citou aguardo de aprovação da delação em plenário, manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologação do STF.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)