Presidente da Petrobras critica Ibama por travar licença no Amazonas
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (foto), criticou o Ibama por travar o processo de concessão de licença ambiental para a exploração de petróleo...
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (foto), criticou o Ibama por travar o processo de concessão de licença ambiental para a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas.
Segundo Prates, a estatal precisa realizar teste com sondas para obter a licença, mas o custo de manutenção não compensa enquanto o processo estiver paralisado.
“Não chegou a ser feito o teste simulado com todas aeronaves, embarcações, a própria sonda, porque houve a negativa [do Ibama]. A gente teve que tirar a sonda de lá, porque estava custando caro”, disse Prates em entrevista à Globo News nesta quarta-feira (16).
“A hora que o Ibama quiser continuar o processo, achar por bem fazer isso, com todo nosso respeito à estrutura do Ibama, ao Ministério de Minas e Energia, à figura da ministra Marina Silva, nós voltaremos com a sonda lá, faremos o teste e teremos a licença do furo”, acrescentou.
A concessão da licença ambiental à Petrobras na foz do Amazonas é motivo de meses de embate entre os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), e de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), responsável pela Petrobras.
No dia 17 de maio, o Ibama vetou uma licença ambiental à estatal para explorar petróleo na Foz do Amazonas. A decisão técnica se deu sem conhecimento prévio de Lula.
“Não restam dúvidas de que foram oferecidas todas as oportunidades à Petrobras para sanar pontos críticos de seu projeto, mas que este ainda apresenta inconsistências preocupantes para a operação segura em nova fronteira exploratória de alta vulnerabilidade socioambiental”, aponta relatório do órgão.
O presidente do Ibama, Ricardo Agostinho, que assina a nota, ainda comparou o projeto ao caso da usina hidrelétrica de Belo Monte, que levou ao primeiro rompimento de Marina com o PT, após ser derrotada pela então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff.
A Petrobras reapresentou pedido para explorar a região no final de maio, após Silveira mandar a estatal contornar o veto do Ibama e manter as sondas de exploração já instaladas na foz “dentro da mais estrita legalidade”.
Lula defende o projeto. “Se explorar esse petróleo tiver problemas para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque fica a 530 km de distância da Amazônia”, disse Lula em maio.
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