Aumento do combustível diz “Lula não é Dilma”, e ação da Petrobras dispara
O anúncio feito nesta manhã (15) pela petroleira brasileira trouxe alívio para os investidores da estatal. A correção de parte significativa da defasagem nos preços praticados nos polos de refino da Petrobras na...
O anúncio feito nesta manhã (15) pela petroleira brasileira trouxe alívio para os investidores da estatal. A correção de parte significativa da defasagem nos preços praticados nos polos de refino da Petrobras na comparação com os internacionais chegou a 30%, de acordo com dados da Associação Brasileira de Combustíveis (Abicom).
Este foi o primeiro teste da nova política de preços anunciada por Jean Paul Prates, presidente da companhia, e, apesar do suspense, passou com alta aprovação. As ações da estatal reagiram ao comunicado de correção dos preços e iniciaram o dia em alta de mais de 4% tanto para as preferenciais quanto para as ordinárias. Não por acaso, às 10h20, a Petrobras era a principal contribuição positiva para o Ibovespa, garantindo a alta do indicador mesmo com o mau humor no mercado internacional.
Além de uma sinalização importante, o reajuste foi coroado com uma magnitude inesperada. Durante os últimos dias, as distribuidoras se dividiam em estratégias que consideravam o reajuste e outras que apostavam na manutenção da defasagem, mas ninguém esperava que o aumento, se houvesse, fosse feito em uma etapa somente. Chama a atenção a atualização no diesel em R$ 0,78 por litro, que repõe quase dois terços da diferença.
Vale lembrar que a Petrobras importa parte do diesel e da gasolina necessária para o abastecimento nacional porque não há capacidade no país para o refino de petróleo suficiente para atender a demanda. Por isso, a diferença de preço entre os combustíveis vendidos em refinarias da estatal e para importação pode significar prejuízo à petroleira. No entanto, o governo pode forçar a manutenção de preços defasados para artificialmente controlar a inflação.
Esse foi um dos problemas que levou a companhia à situação complicada em que se encontrava no segundo governo Dilma, quando registrou seguidos prejuízos. A demora para o anúncio do aumento trouxe preocupação novamente a investidores nacionais e internacionais. O tamanho do reajuste, porém, reforça a ideia de que Lula não deve enveredar pelos caminhos trilhados por Dilma Rousseff.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)