“América Latina não pode se tornar refém das gangues”, diz Moro
Os senadores (foto) Sergio Moro (União Brasil-PR) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) condenaram o assassinato de Fernando Villavicencio como ato politico...
Os senadores (foto) Sergio Moro (União Brasil-PR) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) condenaram o assassinato de Fernando Villavicencio como ato politico.
Moro disse que foi um “assassinato político” e destacou a luta de Villavicencio contra a corrupção do governo de Rafael Correa, além de seu trabalho contra o narcotráfico. O candidato assassinado era jornalista investigativo e denunciou especialmente suspeitas contra o governo do ex-presidente de esquerda.
“Assassinato político no Equador. O candidato à presidência Fernando Villavicencio foi covardemente assassinado. No passado, ele havia denunciado a corrupção do Governo Correa e, no presente, ele defendia rigor contra o narcotráfico. A América Latina não pode se tornar refém das gangues de drogas“, disse o senador.
Já o senador Flávio Bolsonaro fez uma postagem que dá a entender que ele quis comparar o assassinado de Villavicencio com o atentado ao seu pai, durante campanha política, em Minas Gerais, em 2018, quando levou uma facada no abdômen. O acusado Adélio Bispo de Oliveira foi preso e logo em seguida surgiram vários advogados para defendê-lo.
“Não deu nem tempo do jatinho com 1313 advogados para defender o atirador chegar”, disse o senador.
Em entrevista para o Uol, o professor de relações internacionais da FGV Vinícius Rodrigues Vieira criticou as postagens dos senadores, pois para ele, tudo indica que o crime foi realizado pelo tráfico de drogas.
“O cenário ainda é muito obscuro, mas com base no que temos, tudo indica ser um crime do tráfico, mas com claros propósitos políticos. Com esse atentado, o crime organizado vira um ator político relevante porque isso será capaz de influenciar a eleição. (..) Villavicencio tinha uma postura que flerta com o antissistema. Ainda que ficasse em uma coisa meio amorfa, no fundo ele fala mais com o eleitor de direita e aquele que tem preocupação com a segurança pública“, disse o professor ao Uol.
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