Marcos do Val voltou
O senador Marcos do Val (Podemos; foto) reassumiu seu mandato nesta semana. Ele estava...
O senador Marcos do Val (Podemos; foto) reassumiu seu mandato nesta semana. Ele estava de licença desde junho.
Do Val discursou no plenário do Senado nesta quinta-feira (3) e reclamou de ser alvo da PF no âmbito de investigação sobre atos antidemocráticos.
“Se a gente deixar isso acontecer, amanhã será com mais um, com mais outro, com mais outro, com mais outro, e aí o Senado fica de joelhos”, disse o senador.
Ele também declarou não se arrepender de nada.
“Não foi por corrupção, não foi por lavagem de dinheiro, não foi por crime organizado, não foi por fake news”, afirmou.
“Foi por denunciar uma possível organização da queda da democracia. E eu fui defender a democracia. Alguns me perguntam: ‘Você se arrependeu?’ Não. Farei milhões de vezes, se for necessário, para defender a nossa democracia”, acrescentou.
Do Val pediu licença das atividades parlamentares em junho, logo após ser alvo de três mandados de busca e apreensão.
Os agentes da PF estiveram no gabinete do senador e no seu apartamento funcional em Brasília.
Segundo nota divulgada pela corporação —sem citar o nome do senador—, o mandado judicial também foi cumprido em um endereço ligado a Do Val em Vitória (ES).
O senador também teve seu celular apreendido e sua conta no Twitter suspensa.
No início deste ano, o ministro do STF ordenou que se investigasse o relato de Do Val sobre a suposta articulação de um golpe, que envolveria Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira.
O senador capixaba tinha contado várias versões diferentes da mesma história e disse que seu objetivo era “manipular” a imprensa.
No relato original, dado em entrevista à Veja, o senador disse ter sido coagido por Jair Bolsonaro a gravar o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, como forma de comprometê-lo.
A repercussão do episódio levou Do Val a recuar, atribuindo ao ex-deputado federal Daniel Silveira a responsabilidade pelo plano.
O senador também afirmou ter denunciado o episódio a Moraes, algo confirmado pelo ministro, que ridicularizou a trama como “Operação Tabajara”.
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