Lá vem uma nova Copa no Brasil
Enquanto a Copa do Mundo feminina é disputada na Nova Zelândia e na Austrália, a ministra do e Esporte, Ana Moser, já está de olho na próxima edição, de 2027. Segundo ela, a possibilidade de...
Enquanto a Copa do Mundo feminina é disputada na Nova Zelândia e na Austrália, a ministra do e Esporte, Ana Moser, já está de olho na próxima edição, de 2027. Segundo ela, a possibilidade de o Brasil sediar o evento é “vista com muita simpatia” pelo governo.
Segundo a ministra, o trunfo do Brasil é ter toda a estrutura para sediar grandes eventos. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou em abril deste ano a candidatura do país para a próxima Copa feminina.
“Como argumento para justificar a candidatura, está a questão da infraestrutura, né! O Brasil tem uma estrutura que é muito além do que é necessária, construída para a copa de 2014, mantida e ampliada. É uma intenção do governo de fazer, até pela experiência, fazer eventos que sejam positivos em todos os sentidos, que não tenham grandes gastos e que aproveitem a infraestrutura que temos”, explicou Moser.
Apesar do entusiasmo do governo, os legados da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2018 não foram de animar.
Para as Olimpíadas, o governo gastou cerca de R$ 7 bilhões. As obras da linha 4 do metrô no Rio de Janeiro, iniciadas para melhorar o transporte durante o evento, estão paradas. A Vila Olímpica tem apenas um terço de ocupação, o Parque Olímpico passou a maior parte de seus anos fechado. A promessa era transformá-lo em um complexo de lazer com diferentes usos.
O legado da Copa de 2014 não é tão ruim quanto o das Olimpíadas.
Os estádios que sediaram jogos em São Paulo, Bahia, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro estão em ótimas condições. Alguns são privados e outros passaram a ser usados para grandes jogos de campeonatos nacionais e internacionais.
Os maiores problemas estão em Manaus. Neste ano, a Arena Amazônia teve a energia cortada por conta de uma dívida de R$ 36,9 milhões. Com poucos mandos de jogo, a arena virou um local para shows.
Em Fortaleza e Natal, seguem faltando manutenção de pavimentação e saneamento básico. Em Pernambuco, foi feita uma promessa de que a área ao redor do estádio, que fica há 15 km do centro de Recife, teria shopping, prédios comerciais, prédios residenciais e comércio, até hoje, nada disso saiu do papel.
Nos arredores da Arena das Dunas, em Natal/RN, algumas obras melhoraram o trânsito na região, mas a construção de um túnel que melhoraria ainda mais o tráfego na região, que é quase predominantemente residencial, estava prevista para terminar ainda no ano da Copa — até hoje não está pronto. Talvez fique antes da próxima Copa feminina.
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