Haddad culpa Banco Central por queda na economia: “Preocupados”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu ao Banco Central o recuo de 2% em maio na comparação com abril na “prévia” do PIB. Para ele, a "pretendida desaceleração da economia chegou forte"...
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu ao Banco Central o recuo de 2% em maio na comparação com abril na “prévia” do PIB. Para ele, a “pretendida desaceleração da economia chegou forte”.
“Muito tempo de juro real muito elevado. Nós estamos preocupados, estamos recebendo muito retorno de prefeitos, de governadores sobre arrecadação, a nossa mesmo aqui”, reclamou.
A declaração foi dada no início da tarde desta segunda-feira (17)após reunião no Palácio do Planalto, em Brasília.
“A pretendida desaceleração da economia pelo Banco Central chegou forte. A gente precisa ter muita cautela com o que pode acontecer se as taxas forem mantidas na casa de 10% o juro real ao ano. Está muito pesado para a economia”, completou.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central teve a maior queda desde março de 2021, quando foi registrada uma queda de 3,6%. Em abril, a prévia do PIB tinha indicado um crescimento de 0,56% na economia.
O governo e o Banco Central protagonizaram desentendimentos pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75%. O patamar é o mesmo desde agosto de 2022. O presidente Lula atacou pessoalmente o chefe do órgão monetário.
Lula e seus ministros defendem que o país tem condições macroeconômicas favoráveis para o corte como a queda da inflação, a aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária.
Na semana passada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou que os trabalhos da Casa, após o recesso, serão retomados com a audiência de Campos Neto, em 10 de agosto.
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