As taxas para os contratos de DI em alguns prazos chegaram a subir perto do meio-dia, mas encerraram a segunda-feira em queda em todos os vencimentos. Com isso, o mercado eleva as apostas de que a Ata do Comitê de Política Monetária deve deixar mais nítido o espaço para cortes da Selic. O documento será divulgado às 8h de amanhã e é amplamente esperado, após o comunicado do colegiado não ter indicado propensão por parte do Banco Central para iniciar o ciclo de cortes.

Apesar do bom humor com os juros, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,62%, em sintonia com o mercado internacional. O índice chegou a ficar acima dos 119 mil pontos no início do dia, mas acabou cedendo e terminou a sessão aos 118,2 mil pontos.

O dólar recuou contra as principais moedas do mundos. A divisa americana caía 0,37% contra o real às 17h40 e se encaminhava para fechar em R$ 4,77.

Por fim, amanhã os investidores vão conhecer os números do IPCA-15, também conhecido como prévia da inflação oficial. A expectativa é de que o indicador aponte inflação neutra (0,01%) na comparação com o mês maio, o que deve aumentar a pressão para o Banco Central começar a cortar os juros. Caso as previsões se confirmem, o IPCA-15 vai deixar o acumulado de 12 meses praticamente no centro da meta de 2023, a 3,38%, contra uma meta de 3,25% para este ano.