Todo o mundo de olho nos juros
A atenção dos mercados globais está na definição do novo nível dos juros e na evolução dos índices inflacionários nos países desenvolvidos. A agenda econômica deve mexer com expectativas e...
A atenção dos mercados globais está na definição do novo nível dos juros e na evolução dos índices inflacionários nos países desenvolvidos. A agenda econômica deve mexer com expectativas e a definição do FED (Federal Reserve) para a taxa básica de juros americana na quarta-feira pode mudar as expectativas majoritárias dos investidores nesta semana.
Na curva de juros futuros americana, a probabilidade de um aumento do FED Fund (espécie de Selic dos EUA) está em apenas 27,9%, o que indicaria a manutenção da taxa nos atuais 5,25% a.a., conforme defendido pelo presidente do FED de Atlanta, Raphael Bostic, nos dias que antecederam o período de silêncio para os membros da autoridade monetária. Há, no entanto, dissenso entre o colegiado. Portanto, a decisão pode surpreender parte dos investidores globais, assim como aconteceu recentemente com as decisões sobre juros no Canadá e Austrália, regiões em que o mercado também acreditava terem encerrado o ciclo de alta.
Por aqui, a agenda econômica traz dados das vendas no varejo em abril e mostra o ritmo do setor com a manutenção da Selic em patamar elevado (13,75%) desde agosto do ano passado. Além disso, a divulgação do Boletim Focus deve apontar como andam as expectativas de economistas e analistas para juros, inflação e PIB (Produto Interno Bruto). Os investidores também acompanham participação do presidente do Banco Central em evento às 15h30.
No campo das commodities, minério de ferro e petróleo são negociados em queda neste início de semana. O preço do minério chegou a cair mais de 3% na primeira parte da sessão em Singapura, cotado a US$ 108,95/tonelada, e o barril de petróleo tipo Brent cedia 1,85%, a US$ 73,41, por volta de 8h10. Um relatório da Goldman Sachs apontando as dificuldades da retomada na economia chinesa tem sido citado como um dos responsáveis pela correção nos preços das matérias-primas.
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