Lula rasga de vez a fantasia da frente ampla democrática
Em editorial publicado nesta quarta-feira (31), o Estadão afirma que Lula rasgou de vez a fantasia da “frente ampla democrática” ao estender o tapete vermelho para Nicolás Maduro e ignorar as violações de direitos humanos e a perseguição a opositores do ditador na Venezuela...
Em editorial publicado nesta quarta-feira (31), o Estadão afirma que Lula rasgou de vez a fantasia da “frente ampla democrática” ao estender o tapete vermelho para Nicolás Maduro e ignorar as violações de direitos humanos e a perseguição a opositores do ditador na Venezuela.
“O presidente Lula da Silva envergonhou o Brasil de uma maneira como poucas vezes se viu nos últimos tempos – e olhe que o País passou muita vergonha durante o mandato do antecessor de Lula, Jair Bolsonaro. Depois de estender o tapete vermelho para Nicolás Maduro, pária mundial por razões óbvias, o petista declarou que o tirano venezuelano é um governante legitimamente eleito e que a Venezuela, portanto, é uma democracia exemplar”, afirma o jornal.
“Na opinião de Lula, todas as inúmeras denúncias de violações de direitos humanos, de manipulação das eleições e de perseguição a dissidentes e jornalistas naquele país não passam de ‘narrativa que se construiu contra a Venezuela’. Lula então sugeriu ao ‘companheiro Maduro’ que ‘construa a sua narrativa’, que “será infinitamente melhor do que a narrativa que eles têm contado contra você”, prossegue.
“Não há dúvidas de que o Brasil deveria restabelecer relações com a Venezuela, grosseiramente rompidas, por razões puramente ideológicas, pelo governo Bolsonaro. Exportamos para o vizinho cerca de US$ 1 bilhão e importamos quase US$ 500 milhões. […] Nada disso significa, no entanto, que o Brasil deva ignorar que a Venezuela é hoje talvez a mais violenta ditadura da América Latina, só rivalizando com a da Nicarágua – outro país governado por um ‘companheiro’ de Lula, o ditador Daniel Ortega”, acrescenta.
“[…] O gesto de Lula tende a implodir de vez a fragilíssima ‘frente ampla’ que o elegeu e com a qual prometeu governar, algo incompreensível diante da necessidade premente de construir governabilidade”, complementa o Estadão.
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