Gilmar Mendes diz que táticas da Lava Jato contra Emílio Odebrecht seriam “tortura”
Um dia após criticar o senador Sergio Moro (União-PR) e a cidade de Curitiba pela Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes voltou a criticar o ex-juiz federal responsável pela operação...
Um dia após criticar o senador Sergio Moro (União-PR) e a cidade de Curitiba pela Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes voltou a criticar o ex-juiz federal responsável pela operação. Ao tratar do tema, durante julgamento da Segunda Turma, o decano da Suprema Corte disse que a operação teria cometido excessos ao tratar de delações premiada.
Ele se referiu ao caso de Emílio Odebrecht, da construtora que leva seu sobrenome — e que deve lançou uma autobiografia no final de abril.
“Ainda ontem estava lendo — e recomendo que todos leia — o livro publicado por Emídio [sic] Odebrecht”, disse Gilmar, durante sua fala. “São páginas que envergonham a Justiça. O que se fez nessa chamada ‘República de Curitiba’ com a Lava Jato…teremos de fazer um escrutínio severo porque se trata de algo extremamente grave. Já disse isso aos colegas do STJ: há que se perguntar que erros que está se cometendo para admitir gente tão chinfrim, tão desqualificada.”
O ministro, que voltou atrás das críticas sobre Curitiba, comparou a busca pela confissão do patriarca da empresa a práticas ilegais.
“As pessoas só eram soltas depois de confessarem. Isso é uma vergonha, coisa de pervertidos, e claramente se trata de prática de tortura usando poder de Estado. É disso que se trata.” Dias Toffoli, que também integra a turma, acompanhou Gilmar Mendes, em suas críticas, chamando a Lava Jato em “um pau-de-arara do século XXI”.
A turma decidiu, no julgamento, devolver os passaportes a um ex-engenheiro da Schahin, construtora investigada pela Lava Jato e que fez delação premiada. A tese de Gilmar, anulando o processo, foi derrotada.
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