Operação Venire: PF aponta ligação de investigados com grupos extremistas
A Polícia Federal apontou a ligação de investigados na operação Operação Venire, que apura fraudes a carteiras de vacinação contra a Covid, com grupos extremistas que lideraram manifestações ocorridas em 7 de setembro, "possivelmente do ano de 2021", de acordo com documento obtido por O Antagonista...
A Polícia Federal apontou a ligação de investigados na operação Operação Venire, que apura fraudes a carteiras de vacinação contra a Covid, com grupos extremistas que lideraram manifestações ocorridas em 7 de setembro, “possivelmente do ano de 2021”, de acordo com documento obtido por O Antagonista.
Segundo a corporação, as apurações indicam que o tenente-coronel Mauro Cid (foto), ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o sargento Luis Marcos do Reis, o médico Farley Vinicius Alcantara, o militar Eduardo Crespo Alves e o advogado e ex-militar Ailton Gonçalves Moraes Barros teriam agido para inserir dados falsos de doses em nome de Gabriela Santiago Cid, esposa de Mauro, no sistema do Ministério da Saúde (ConecteSUS), além da confecção de cartões de vacinação físicos contendo dados falsos sobre a imunização, também em nome dela.
Sobre o envolvimento com extremistas, a documento cita que houve a articulação de ataques ao ministro do STF Alexandre de Moraes e ao sistema eleitoral do país. Segundo a PF, essa ligação foi usada como base para a adoção de medidas cautelares contra os investigados.
“O relatório ainda apresentou a ligação dos investigados com integrantes de grupos extremistas que lideraram manifestações ocorridas no dia 07 de setembro, possivelmente do ano de 2021, havendo a disposição para inserir pautas de ataque ao STF, ao Ministro ALEXANDRE DE MORAES e ao sistema eletrônico de votação. Diante dos fatos identificados foram propostas e deferidas novas medidas cautelares de quebra de sigilo telemático, de extratos telefônicos de ERBs (Estação Rádio Base) e pelo acesso aos dados constantes em sistemas e bases de dados do Ministério da Saúde. A análise dos dados decorrentes das medidas cautelares deferidas trouxe novos elementos informativos que subsidiam as medidas a seguir propostas pela Polícia Federal voltadas ao esclarecimento dos fatos, bem como focadas na dissuasão das condutas criminosas perpetradas pelos investigados”, diz um trecho do documento, que foi encaminhado ao magistrado.
A ofensiva de hoje foi autorizada justamente por Moraes, no âmbito do inquérito das “milícias digitais”, que já tramita na corte.
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