PL das Fake News traz ‘incentivos perversos’, diz diretor do Google
O diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, fez uma série de críticas ao PL das Fake News, que deve ser votado...
O diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, fez uma série de críticas ao PL das Fake News, que deve ser votado na semana que vem.
Em entrevista à Folha, ele classificou o projeto como vago e defendeu que a empresa já adota medidas para moderar conteúdo de ódio.
Para Lacerda, o texto também deixa incertezas sobre como será feita a regulação das plataformas e se equivoca ao equiparar o cuidado exigido por mecanismos de buscas ao de redes sociais.
“O texto continua com muitas incertezas e vago em muitos aspectos. De forma geral a gente entende que essas incertezas, essa falta de concretude de como aquilo vai se dar na realidade, vai acabar prejudicando o usuário porque, ao invés de combater a desinformação, tem risco de fomentar a desinformação”, disse.
“São vários incentivos perversos que a lei traz para fomentar na verdade a desinformação e não combater”, acrescentou.
O Google defende que o projeto seja debatido em uma comissão especial. Na última quinta-feira, a empresa publicou uma carta aberta criticando a PL das Fake News.
No texto, a empresa diz estar preocupada com o projeto de lei, que pode limitar “a inovação, a liberdade de expressão e a geração de oportunidades econômicas para todos os brasileiros”, representando um retrocesso para a internet aberta no Brasil.
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