Crusoé: “Mais acordos comerciais, mais a economia cresce”, diz deputado
O deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (foto), do PSDB, preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara...
O deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (foto), do PSDB, preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Ex-prefeito de Santos, no litoral paulista, ele tem como objetivo acelerar o trâmite de tratados internacionais no Congresso, que precisa ratificá-los para que tenham validade. “Um acordo que ainda não está na comissão e que certamente é o mais importante para o Brasil é o acordo do Mercosul com a União Europeia”, afirma. Segue a entrevista.
Quais são as suas prioridades como presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara?
Há dezenas de acordos comerciais com países estratégicos paralisados na comissão. Já aprovamos o primeiro deles, que vai permitir um maior número de voos internos de companhias aéreas brasileiras em Portugal e vice-versa. Um acordo que ainda não está na comissão e que certamente é o mais importante para o Brasil é o acordo do Mercosul com a União Europeia. Nós vamos, inclusive, ter uma agenda com parlamentares europeus, programada para abril, para agilizar esse acordo. A União Europeia fez alguns questionamentos em relação a coisas que estavam praticamente viabilizadas, ações em relação à questão de sustentabilidade, ambientais. O governo recebeu, no início de março, esses questionamentos, que vão ser objeto de resposta para que a gente possa avançar. Quanto mais acordos comerciais, quanto mais ampliar o mercado, mais a economia cresce e geramos emprego e renda.
Qual é o papel do Legislativo na política externa?
É evidente que o Executivo tem as suas prerrogativas, mas não podemos esquecer que os acordos também precisam ser validados pelos parlamentos dos países na maioria dos casos. Na União Europeia, por exemplo, o Parlamento Europeu — e, em alguns casos, os legislativos nacionais — precisa ratificar. Ele precisa apreciar esse acordo. E a Comissão de Relações Exteriores da Câmara tem o papel de estabelecer diálogo com esse parlamento para auxiliar na aprovação dele.
Como o senhor analisa o posicionamento do Brasil na guerra na Ucrânia? O governo erra ao não fornecer armas aos ucranianos?
Eu acho que foi uma visão acertada não fornecer munições para Alemanha, que as repassaria para a Ucrânia, porque isso evidentemente poderia potencializar os conflitos. O Brasil precisa ter uma estratégia cuidadosa considerando o impacto da guerra nas cadeias produtivas e estimulando o diálogo para a paz.
O senhor foi prefeito de Santos por dois mandatos entre 2013 e 2020 e não é a favor da privatização total do Porto de Santos, mas apenas de uma integração do setor privado na gestão do Porto. Como deve se dar essa integração?
O porto de Santos…
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