Ações da Hapvida sobem cerca de 20% hoje; ‘esquema familiar’ explica
Os acionistas da Hapvida parecem ter visto como uma boa notícia a ideia de vender as sedes de dez dos hospitais do portfólio para os controladores da empresa. A transação envolve o desembolso de R$ 1,25 bi pelos ativos e o aluguel imediato dos espaços pela própria operadora
Os acionistas da Hapvida parecem ter visto como uma boa notícia a ideia de vender as sedes de dez dos hospitais do portfólio para os controladores da empresa. A transação envolve o desembolso de R$ 1,25 bi pelos ativos e o aluguel imediato dos espaços pela própria operadora de saúde pelo equivalente a 8,5% do valor.
Na prática, pela “injeção” de capital, a empresa vai pagar cerca de R$ 106 milhões anuais por 20 anos (renováveis por mais 20 anos) à família Pinheiro, controladora da operadora de saúde. A notícia, que poderia ter sido vista como uma sinalização de dificuldades da empresa em levantar recursos no mercado, foi recebida com otimismo pelo mercado.
Analistas de diversos bancos saudaram a operação como uma saída para o nível excessivo de endividamento da companhia. De acordo com o Santander, a alavancagem líquida deve sair de 2,45 vezes para 1,78 vez. Para chegar nesse números, os analistas também assumem o sucesso em uma provável emissão de ações para levantar R$ 877 milhões em capital, dos quais R$ 360 mi virão da família Pinheiro. O JP Morgan mudou a recomendação sobre a ação de “neutro” para “compra” em função da novidade.
Às 15h19, as ações da operadora de saúde subiam 20,20% no dia com a novidade. Vale lembrar, no entanto, que desde o início do ano o papel acumula perdas de mais de 47%, considerando-se a alta de hoje.
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