Márcio França engrossa coro do governo contra BC
Márcio França (PSB, foto) engrossou o coro do governo Lula contra o Banco Central por causa do atual nível da taxa básica de juros, que está em 13,75% ao ano...
Márcio França (PSB, foto) engrossou o coro do governo Lula contra o Banco Central por causa do atual nível da taxa básica de juros, que está em 13,75% ao ano. Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro de Portos e Aeroportos criticou a decisão do Copom de não reduzir a Selic em suas últimas reuniões.
“A medida que a pessoa se dispõe a estar num mandato que é independente, tem que saber que também está sujeito a críticas. […] Cada vez que você reduz 1% do juro, você coloca R$ 60 bilhões a mais em possibilidades de gasto para o governo. Isso significa mais obra, mais emprego. E se eles [integrantes do Copom] estiverem errados? Porque quando a gente erra, não se elege. Quando eles erram, qual é a punição?“, questionou França.
Questionado sobre como o Planalto vai agir diante das dificuldades envolvendo a formação da base aliada, o ministro disse contar com o apoio de Arthur Lira (PP).
“O governo tem base, mas não é mais aquele antigo formato de base, numérico. Os partidos não têm mais aquela configuração. O [Arthur] Lira teve o nosso apoio, tem uma ascensão importante. Não vejo dificuldade. Ele é cumpridor de palavra. Esse é um mérito muito importante. Acho que ele vai nos ajudar bastante […].”
Ainda durante a entrevista, França reconheceu ser o destinatário da bronca de Lula na reunião ministerial do último dia 14. Na ocasião, o petista afirmou que “nenhuma genialidade” em discussão nas pastas deve ser anunciada para a imprensa sem o aval do Planalto. À época, França havia falado, sem acertar os detalhes internamente, sobre o lançamento de um programa de passagens aéreas a R$ 200.
“Podia não ser para mim, mas encaixaria perfeitamente. […] Na reunião com os ministros, cada um tinha que falar o que fez e o que pretende fazer. Deixei por último esse assunto (Voa, Brasil), porque não tratava de investimentos públicos. […] Eu fui falar com o Rui Costa [ministro da Casa Civil] pessoalmente. Ficou uma dúvida sobre o subsídio, que era a grande preocupação dele. Não é verba pública, somos apenas os indutores. Ele falou que compreendeu. Não teve bronca, foi cada um cumprindo a sua função”, afirmou o ministro.
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