O plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (14), a realização de um debate sobre a taxa de juros do Brasil, no plenário da Casa. A proposta, apresentada pelo presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi aprovada em votação simbólica.

Debaterão o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. No encontro, que ainda não tem data marcada, economistas e representantes do setor produtivo deverão estar presentes.

Enquanto Campos Neto — que foi indicado por Jair Bolsonaro e possui mandato até 2025 — defende a independência da autoridade monetária, Haddad e Tebet tendem a defender a linha governista de maior alinhamento entre os planos do governo e o BC. Campos Neto já havia sido convidado, horas antes, a comparecer à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e não se sabe se esta agenda, marcada para o dia 4, fica prejudicada pelo debate.

Pacheco definiu a ideia de debate como uma discussão de caminhos para se atingir um objetivo de Estado de bem-estar social. “Há um caminho, até lá, que é o caminho do crescimento e do desenvolvimento econômico. Como se faz isso? Contendo a inflação e reduzindo taxa de juros”, disse, em plenário. “E, obviamente, há caminhos técnicos, há caminhos de experiências vividas anteriormente, há planejamento por parte do Governo.”