Colapso do SVB: o que pode ocorrer a seguir
Os correntistas do Silicon Valley Bank, assim como os investidores e banqueiros ao redor do mundo, aguardam um anúncio das autoridades reguladoras dos Estados Unidos sobre o que ocorrerá após a falência do banco, a...
Os correntistas do Silicon Valley Bank, assim como os investidores e banqueiros ao redor do mundo, aguardam um anúncio das autoridades reguladoras dos Estados Unidos sobre o que ocorrerá após a falência do banco, a maior no país desde a crise de 2008.
Na sexta, o FDIC (Federal Deposit Insurance Corp.) avisou que todas as contas e valores segurados pela empresa serão disponibilizados até a manhã desta segunda-feira (13).
Os clientes segurados com até US$ 250 mil em suas contas poderão acessar o dinheiro. Mas as somas acima desse valor, que representam 85% das contas do SVB, ficaram sem garantia e ainda não está claro quando esses clientes terão acesso aos valores.
O papel do SVB como um importante financiador de startups e outras empresas de capital de risco significa que muitas empresas poderão ter dificuldades para cumprir a folha de pagamento e outras obrigações se o dinheiro não for recuperado logo.
Como mostramos, o governo de Joe Biden deve anunciar neste domingo medidas para aumentar as garantias sobre os depósitos bancários. O objetivo, de acordo com fonte ouvida pela Reuters, é evitar consequências mais amplas após o colapso.
Mais cedo, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, descartou o resgate do SVB por parte do governo, a exemplo do que foi feito durante a crise de 2008, mas afirmou que os reguladores estudam outras opções.
“Essa é uma decisão para o FDIC, pois ele decide qual é o melhor caminho para resolver os problemas da empresa”, disse. Yellen também afirmou considerar o sistema bancário americano mais seguro e sólido hoje do que antes da crise de 2008.
Além de tentar aumentar as garantias sobre os depósitos, as autoridades dos EUA buscam encontrar um comprador para o banco.
Historicamente, esse tipo de aquisição costuma ser feita nos finais de semana. Assim que o banco abrir na segunda-feira, mais correntistas poderão sacar seu dinheiro, tornando a venda mais difícil.
O “banco das startups” era o 16º maior banco dos EUA, o que torna a lista de compradores limitada.
Se não houver comprador para o SVB, o FDIC venderá os ativos do banco para arrecadar dinheiro que seria usado para reembolsar os correntistas não segurados.
De acordo com a Bloomberg, em reportagem publicada no sábado, entre 30% e 50% dos depósitos não segurados poderiam ser devolvidos já na segunda-feira.
Os investidores alertam que o fracasso dos reguladores em anunciar um novo plano para restaurar os depósitos do SVB pode levar a problemas em cascata em outros bancos de pequeno e médio porte, além de atingir os mercados financeiros.
A falência do Silicon Valley Bank balançou o mercado na semana passada e fez o índice de bancos regionais do S&P 500 cair quase 14% entre quinta e sexta. As ações do SVB negociadas em bolsa desabaram mais de 60% na quinta-feira, e tiveram as negociações suspensas na sexta.
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