BC autônomo tem de se abster de “política partidária”, diz Haddad
Perguntado sobre as tensões entre Lula e Roberto Campos Neto —na verdade, ataques do presidente ao chefe do Banco Central—, Fernando Haddad (foto) questionou a isenção política do presidente da autarquia em entrevista à CNN nesta sexta-feira (10)...
Perguntado sobre as tensões entre Lula e Roberto Campos Neto —na verdade, ataques do presidente ao chefe do Banco Central—, Fernando Haddad (foto) questionou a isenção política do presidente da autarquia em entrevista à CNN nesta sexta-feira (10).
“Depois que a autonomia do BC foi institucionalizada no Brasil, o corpo técnico todo, da presidência para baixo, tinha que ter adotado uma postura de abstenção em relação à política partidária”, declarou o ministro da Fazenda.
“Não faz campanha, nem se pronuncia. A pessoa tem autonomia e mudou de patamar. Deixa se ser funcionário do governo e passa a ser do Estado brasileiro”, acrescentou Haddad.
Campos Neto participou de chats com ex-ministros de Jair Bolsonaro e, em outubro do ano passado, foi votar com uma camisa da seleção brasileira.
O ministro disse ainda ter sugerido nomes “técnicos” para as diretorias de Política Monetária e Fiscalização do BC. Lula ainda não definiu se nomeia novos diretores ou reconduz os atuais, Bruno Serra e Paulo Souza.
“Levei um perfil mais acadêmico, mais técnico, pessoas que podem levar ao BC uma contribuição. Quero pessoas construtivas, para subsidiar as decisões técnicas do Banco Central”, afirmou Haddad.
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