Amorim vê “clima de incentivo à democracia” na Venezuela
Como era de esperar, Celso Amorim, ex-chanceler de Lula e hoje assessor especial da Presidência, voltou da Venezuela, onde se encontrou com o ditador Nicolás Maduro no último dia 8 (foto), dizendo maravilhas do país...
Como era de esperar, Celso Amorim, ex-chanceler de Lula e hoje assessor especial da Presidência, voltou da Venezuela, onde se encontrou com o ditador Nicolás Maduro no último dia 8 (foto), dizendo maravilhas do país.
“Todos manifestaram lá o desejo de eleições competitivas. É a expectativa real. Em 20 anos de contato com o país, nunca vi um clima tão grande de incentivo à democracia”, declarou à Folha o principal conselheiro do presidente para política externa.
O chavismo manda na Venezuela desde 1999, primeiro com o próprio Hugo Chávez (1954-2013) e, há quase dez anos, com Maduro. Em 2018, Maduro se reelegeu num pleito com denúncias de fraude, tentativa de boicote da oposição, abstenção de 54% e sem o reconhecimento da comunidade internacional.
Há a expectativa de eleições em 2024, quando o ditador tentará obter mais seis anos no poder, mas elas não têm nem data marcada até o momento.
O ex-chanceler também afirmou ao Estadão que há “disposição” do regime venezuelano em pagar a dívida de quase US$ 682 milhões que tem com o Brasil, fruto principalmente do calote do país vizinho em empréstimos do BNDES.
“Não sei se é dívida só com o BNDES. Há uma questão de seguro de crédito. Mas não fui com uma missão técnica, fui apenas com dois assessores diretos”, declarou Amorim ao jornal paulistano.
“Não houve nenhum esboço de negação da dívida e há total disposição de acertar. Não me cabia conversar se vai acertar em uma vez, duas vezes, mas há disposição em reprogramar e ressarcir”, acrescentou.
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