Crusoé: “O Evangelho segundo a liberdade de expressão”
"O rabino Nilton Bonder costuma dizer em seus livros que o diabo é usado como um verdadeiro espantalho por muitos segmentos religiosos", lembra André Marsiglia, na Crusoé desta semana...
“O rabino Nilton Bonder costuma dizer em seus livros que o diabo é usado como um verdadeiro espantalho por muitos segmentos religiosos“, lembra André Marsiglia, na Crusoé desta semana.
“De fato, a alma, naturalmente transgressora e desobediente, muitas vezes é domesticada pela figura simbólica do demônio, do inimigo, do mal. O recado é: tenha medo e não vá, não faça, não saia do tom. Não agir nem sair do tom por medo é, decerto, o exercício mais estúpido possível de uma religiosidade, pois, se o medo nos coloca diante do risco, também nos coloca diante da liberdade.”
“Assim como seria possível vivermos nossa religiosidade íntima sem nos sentirmos ameaçados pelo medo, também seria viável vivermos nossa cidadania, caso não fôssemos tão idiotas. Mas somos. Queremos que alguém aplaque nossos temores, mesmo que isso custe estarmos sob completo controle do outro, da Igreja, do Estado. O momento da liberdade de expressão no Brasil ilustra bem este contexto.”
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