Com um pacote de 15 projetos de concessões e de parcerias público-privadas (PPPs) apresentado nesta terça-feira (28), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos; foto), espera captar até R$ 180,1 bilhões em investimentos. Os ativos agora serão incorporados pelo Programa de Parcerias de Investimentos de São Paulo (PPI-SP), criado por ele.

A lista de ativos inclui projetos em educação, cultura, desenvolvimento urbano e habitação, loterias, transportes, rodovias, recursos hídricos e infraestrutura rodoviária.

O grosso dos investimentos estaria no transporte sobre trilhos: a concessão das linhas 10, 11, 12, 13 e 14 da CPTM, um futuro trem ligando São Paulo a Sorocaba, a venda das quatro linhas atualmente operadas pelo Metrô de São Paulo e futuras linhas poderiam gerar R$ 69 bilhões em caixa.

A linha 7, que seria vendida junto com um trem ligando São Paulo a Campinas, valeria R$ 12,7 bilhões em investimentos. Ainda neste âmbito, Tarcísio incluiu no PPI novas rodadas de concessões em rodovias que chegam ao fim, assim como a construção de um túnel ligando as cidades de Santos e Guarujá.

Um dos estudos qualificados nesta terça-feira foi o PPP de Educação, voltado para a manutenção predial de 500 escolas da rede estadual — um investimento de R$ 5 bilhões. O valor total pode chegar R$ 52 bilhões quando aplicado a todas as escolas.

Outra proposta de infraestrutura é a construção da futura sede do governo do estado por parcerias público-privadas — o plano, que vem dos governos do PSDB, é sair do bairro do Morumbi e voltar ao centro da cidade de São Paulo, onde atualmente se encontra a Cracolândia.

Na lista de privatizações ainda estão o Ginásio do Ibirapuera e o Casarão Franco de Mello, encravado na avenida Paulista; as loterias estaduais, que poderiam gerar até R$ 1 bilhão; e a construção de piscinões em cidades da Grande São Paulo. A coordenação dos trabalhos de privatização ficará a cargo de Felício Ramuth (PSD), o vice-governador do estado.