Chefe russa do tráfico de crianças na Ucrânia indica que adotou uma delas
A responsável pelo programa estatal da Rússia para traficar crianças da Ucrânia indicou nesta quinta-feira (16) ter adotado uma de suas vítimas...
A responsável pelo programa estatal da Rússia para traficar crianças da Ucrânia indicou nesta quinta-feira (16) ter adotado uma de suas vítimas.
“Agora, eu sei o que significa ser mãe de uma criança de Donbass [região do leste ucraniano ocupada pela Rússia]”, disse Maria Lvova-Belova, em reunião com Vladimir Putin (foto).
O cargo oficial de Lvova-Belova é “comissária presidencial para os direitos das crianças”.
Como apontou relatório da Universidade de Yale nesta semana, um número “provavelmente significativamente maior” que 6.000 crianças ucranianas foram levadas para 43 campos de “reeducação” na Rússia.
Segundo o estudo, alguns pais foram pressionados para consentir com o envio de seus filhos, e algumas crianças são mantidas por períodos maiores do que o combinado, até por meses.
E outras “são enviadas com o consentimento de seus pais por um período acordado de dias ou semanas e devolvidos a seus pais conforme originalmente programado”.
Bebês de até quatro meses de idade estão entre as vítimas.
Além dos campos de “reeducação”, existe um programa de adoção de crianças ucranianas. O relatório cita a própria Lvova-Belova afirmando que 350 já foram adotadas e mais de 1.000 estão na lista de espera.
Segundo a Convenção para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, a “transferência forçada de menores” de um grupo nacional, étnico, racial ou religioso para outro é um ato de genocídio se constatada a “intenção de destruir” aquele grupo.
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