Campos Neto: “BC não gosta de juros altos; olhar a inflação é olhar para o social também”
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, afirmou que a autarquia busca fazer "o melhor possível para ter juros baixos". "O BC não gosta de juros alto", disse, em participação no programa Roda Viva, nesta segunda-feira (13)...
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, afirmou que a autarquia busca fazer “o melhor possível para ter juros baixos”. “O BC não gosta de juros altos”, disse, em participação no programa Roda Viva, nesta segunda-feira (13).
No entanto, o economista ponderou que é preciso utilizar a política monetária para controlar a inflação.
“Toda a nossa agenda é social, a gente acredita que é possível fazer [política] fiscal junto com o bem-estar social, mas a gente acredita que é muito difícil ter bem-estar social com inflação descontrolada”, afirmou o presidente do BC.
O presidente do BC explicou que o Brasil tem problemas estruturais que fazem necessária a taxa de juros estabelecida hoje, a exemplo da trajetória de dívida, dos problemas com produtividade, e da baixa poupança.
“Tenho conversado com o ministro [Fernando] Haddad, ele está super bem-intencionado. A gente precisa em conjunto achar uma forma de comunicar para os agentes [financeiros] que a gente tem uma equação para equilibrar a trajetória de dívida lá na frente”, afirmou.
Campos Neto fez ainda uma análise sobre o impacto da inflação na desigualdade social. Ele citou a Turquia, país utilizado como exemplo pelo líder do governo Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), na última semana.
“Se a gente pegar países que têm a inflação alta há bastante tempo, por exemplo, como a Turquia, olha o que acontece com a desigualdade na Turquia no último ano e meio. Olhar a inflação é olhar para o social também.“
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