Líderes do Senado afirmam que não há clima para saída de Campos Neto
Líderes do Senado afirmaram a este site que hoje não há clima para a aprovação de uma eventual saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto, à direita). Alguns parlamentares, inclusive, têm se resignado sobre...
Líderes do Senado afirmaram a este site que hoje não há clima para a aprovação de uma eventual saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto, à direita). Alguns parlamentares, inclusive, têm se resignado sobre o que chamam de “tentativa de interferência indevida” do Poder Executivo no Legislativo.
Ontem, Lula e seus aliados iniciaram uma fritura pública do presidente do Banco Central. A tática é vista por senadores como uma forma de pressionar Campos Neto a deixar o cargo espontaneamente, já que hoje uma eventual proposta do Poder Executivo para exonerar Neto seria derrotada, na visão de três líderes partidários ouvidos por este site.
Este cenário, inclusive, já foi comunicado a Lula por meio do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
De acordo com a lei que estabelece a autonomia do Banco Central, o presidente do órgão pode ser exonerado caso apresente “desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil”. Esse pedido, porém, precisa ser aprovado pelo Senado, por maioria absoluta.
Hoje, nas contas de lideranças do Senado, o PT teria apenas os próprios votos mais os do PSB, PDT e Rede – ou seja, 17. Seriam necessários ainda votos no MDB, União Brasil e PSD. Apesar de fazerem parte da base governista, os senadores dessas siglas já avisaram que não votariam a favor da destituição de Campos Neto pois isso seria uma tentativa de interferência do Executivo.
“Não é assim que se resolve o problema. É necessário ter diálogo”, admitiu um dos líderes a O Antagonista em caráter reservado.
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