Senadores defendem que Do Val se afaste para tratar ‘estafa mental’
Alguns parlamentares procuraram hoje o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que ele sugira a Marcos do Val (Podemos-ES) que ele tire uma licença de algumas semanas para cuidar de sua saúde e de uma alegada 'estafa mental'...
Alguns parlamentares procuraram hoje o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que ele sugira a Marcos do Val (Podemos-ES) que ele tire uma licença de algumas semanas para cuidar de sua saúde e de uma alegada ‘estafa mental’ após quatro anos de mandato.
Hoje, como noticiamos, Do Val afirmou à revista Veja que Jair Bolsonaro teria coagido ele para que gravasse falas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como forma de comprometê-lo. Ele também disse em uma live que pretendia renunciar ao mandato.
Ao longo desta quarta-feira, Do Val conversou com alguns senadores e tentou contato com outros. Ele conversou com a amiga Soraya Thronicke (União-MT) em seu gabinete e tentou contato com o senador Weverton Rocha (PDT-MA).
À GloboNews, Do Val disse que Rocha teria ligado para ele para convencê-lo a não deixar o Senado. O senador maranhense, por sua vez, confirmou que ligou para o parlamentar do Espírito Santo às 10h04, mas o contato tinha outro motivo: pedir voto para assumir a 2ª secretaria do Senado.
“Eu liguei para ele hoje para pedir voto, assim como falei com vários outros colegas. Obviamente iria sondar como é que ele estava, mas ele nem me atendeu. A gente nem se falou hoje”, disse Rocha a este site.
Outros três senadores, em caráter reservado, relataram a este site que Do Val já reclamou em conversas no cafezinho do Senado que estava “cansado mentalmente” e que vinha sofrendo várias ameaças, principalmente nas redes sociais. “Ele não é uma pessoa ruim, mas quando você está cansado mentalmente, você comete esse tipo de erro. Isso é estafa mental. Ele está precisando sair um pouco dos holofotes”, declarou um senador em caráter reservado a este site.
Alguns senadores destacaram a O Antagonista que as versões contraditórias apresentadas por Do Val para o episódio poderiam, inclusive, comprometê-lo no futuro e a própria credibilidade do Senado.
Otto Alencar (PSD-BA), por exemplo, defendeu que ele se explicasse oficialmente no Conselho de Ética da Casa. “O Conselho de Ética é uma oportunidade que se dá ao senador para que ele dê as suas razões”, disse Alencar.
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