Bolsonaro promoveu “desmanche” no combate à corrupção, diz entidade
Em relatório divulgado nesta terça-feira (31), a Transparência Internacional afirmou que ações e omissões do governo de Jair Bolsonaro (PL, foto) promoveram um "desmanche acelerado" e um retrocesso no combate à corrupção no país...
Em relatório divulgado nesta terça-feira (31), a Transparência Internacional afirmou que ações e omissões do governo de Jair Bolsonaro (PL, foto) promoveram um “desmanche acelerado” e um retrocesso no combate à corrupção no país. A avaliação consta no relatório global que mede a percepção sobre a corrupção em 180 países. O Brasil ficou na 94ª posição no ranking mundial. Numa escala de 0 a 100, o país somou 38 pontos, mesmo patamar alcançado nas duas edições anteriores do ranking.
A entidade afirma que Bolsonaro agiu para que ele e sua família fossem blindados de investigações sobre denúncias de corrupção “fartamente comprovadas”. A Transparência Internacional também diz que o agora ex-presidente garantiu proteção ao usar o orçamento secreto para barrar o apoio à tramitação de processos de impeachment no Congresso e acrescenta que a consequência foi a “destruição” de mecanismos, aparatos e credibilidade de instituições de controle e fiscalização do país.
A entidade ainda menciona que houve uma “degeneração sem precedentes” do regime democrático brasileiro, que resultou na invasão às sedes dos três Poderes, no último dia 8. No documento, também há críticas ao procurador-geral da República, Augusto Aras. A Transparência Internacional alega que o PGR “não apenas desarticulou o enfrentamento à macrocorrupção, mas foi também responsável por uma retração histórica nas funções de controle constitucional dos atos do governo”.
“Muito mais do que frear processos específicos, ele [Bolsonaro] neutralizou o sistema de freios e contrapesos da democracia brasileira, desmontando os três pilares que o sustentam: jurídico, político e social. Com isto, sua blindagem foi muito além da delinquência passada. Ele garantiu impunidade para cometer novos e muito mais graves crimes”, diz um outro trecho do documento.
A entidade critica ainda o ativismo judicial de ministros do Supremo Tribunal Federal para combater ataques antidemocráticos com violações a garantias constitucionais de “maneira continuada”.
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