Deterioração de expectativas com inflação puxa juros
A segunda-feira foi mais um dia de ajuste nos juros futuros com indícios de desancoragem das expectativas do mercado quanto à inflação deste ano...
A segunda-feira foi mais um dia de ajuste nos juros futuros com indícios de desancoragem das expectativas do mercado quanto à inflação deste ano. Pela manhã, o Boletim Focus apontou mais uma revisão da pressão sobre os preços no fim do ano, que passou de 5,39% para 5,48%. O número está cada vez mais longe da meta para 2023, definida em 3,25% com limite máximo de 4,75%.
Além disso, os investidores continuam preocupados sobre os rumos da política monetária após ruído criado com declarações do presidente Lula questionando o aperto promovido pelo Banco Central do Brasil. Também colaborou marginalmente para o aumento das taxas no dia a elevação do rendimento dos títulos públicos nos Estados Unidos. Com essa conjunção de fatores os juros futuros por aqui encerraram o dia em alta de até 20 pontos base nos vencimentos mais longos.
No mercado acionário, o Ibovespa fechou em queda de 0,28%, aos , na contramão do rali nas bolsas de Nova Iorque, que encerraram as negociações perto de 2% de alta na Nasdaq e acima de 1% para o S&P 500. A bolsa brasileira se segurou no positivo a maior parte do dia com as ações ligadas a commodities, mas o mau humor com o setor financeiro acabou levando o Ibov para o território negativo. Vale destacar aqui dois bancos específicos: o Santander Brasil que caiu mais de 3% com o rebaixamento pelo Credit Suisse e o Banco do Brasil, que virou para o vermelho após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicar a instituição para financiar exportadores brasileiros em vendas para a Argentina.
Por fim, o dólar fechou o dia em queda de 0,22%, a R$ 5,20.
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