Haddad reitera que Brasil não vai adotar moeda única
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que, junto ao ministro argentino, Sergio Massa, recebeu a incumbência de não adotar moeda única entre os dois países, mas em avançar em instrumentos para transações financeiras...
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que, junto ao ministro argentino, Sergio Massa, recebeu a incumbência de não adotar moeda única entre os dois países, mas em avançar em instrumentos para transações financeiras internacionais. Haddad falou durante visita a Argentina, onde acompanhou o presidente Lula (PT), nesta segunda-feira (23).
Segundo o ministro, nem o pagamento em moeda local e nem os Convênios de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCRs), mecanismos já previstos anteriormente, dão garantia para avançar no comércio bilateral entre os países da forma como pretendem Lula e Alberto Fernández, presidente da Argentina.
Por isso, a equipe econômica está empenhada em encontrar uma fórmula para garantir créditos recíprocos com base em algum ativo real e conversível a exportadores e ao Brasil — em especial, ao Banco do Brasil, que financiará exportações por emissão de cartas de crédito. Esse ativo seria a moeda comum, como pontuou o secretário-executivo da Pasta, Gabriel Galípolo, mais cedo em entrevista a Globo News.
“Queremos sim reestabelecer uma linha de crédito para a argentina, mas nós precisamos estabelecer uma espécie de fundo garantidor que nos permita alongar o prazo de financiamento das nossas exportações”, enfatizou Haddad.
De acordo com o ministro, em um cenário que haja um pano de fundo sólido para as transações, o Brasil estará disposto a falar em créditos de R$ 5 bi a R$ 10 bi.
Desde que perdeu a paciência com um jornalista no início deste mês, Haddad passou a enfatizar a diferença entre moeda única e moeda comum. A primeira, funcionaria como o Euro, substituindo as moedas nacionais de cada país. Segundo o ministro, essa era a ideia de seu antecessor, Paulo Guedes, e não foi levada a cabo.
“Nós não estamos defendendo moeda única, nós estamos defendendo uma engenharia que não seja o pagamento em moedas locais, que não funcionou, mas que não chegue a um estágio de unificação monetária, como é o caso do Euro“, disse o ministro em entrevista coletiva.
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