Crusoé: “As lições do escândalo”
O colapso da Americanas gerou espanto no mercado financeiro, mas outras contabilidades duvidosas também deveriam importar, em especial, pois mexem no seu bolso, diz o economista Felippe Hermes, na Crusoé desta semana...
O colapso da Americanas gerou espanto no mercado financeiro, mas outras contabilidades duvidosas também deveriam importar, em especial, pois mexem no seu bolso, diz o economista Felippe Hermes, na Crusoé desta semana.
“Foi em 4 de abril de 1999 que os quatro ex-sócios do banco Garantia se juntaram a outro banqueiro, Paulo Guedes, para comprar o Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais, o Ibmec. Guedes, que era vice-presidente do Ibmec à época, ajudou a colocar em prática o plano, que era o sonho de Cláudio Haddad, o ex-sócio do Garantia. Por meio de uma reestruturação, a área de ensino do Ibmec foi separada e vendida ao grupo.”
“Alguns anos mais tarde, em 2004, o grupo comandado por Haddad, que incluía seus ex-sócios Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, doaria a filial paulista do Ibmec para uma ONG, o Instituto Veris, que passaria a administrar a instituição hoje conhecida como Insper. Durante boa parte da sua existência, o Insper foi uma das instituições mais ativas em defesa de absurdos na contabilidade pública.”
“[…] É de certa maneira irônico, portanto, que o trio mais bem-sucedido do capitalismo brasileiro, se veja agora em meio a uma ‘pedalada fiscal’. Se você esteve viajando nas últimas semanas, explico. A Americanas, a companhia comprada pelo trio do Garantia, hoje conhecidos por ‘3G‘, foi a primeira de inúmeras empreitadas do grupo na chamada economia real.”
LEIA MAIS AQUI; assine a Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)