Receio fiscal volta à pauta; juros e dólar sobem
O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, impulsionou a alta das taxas de juros nesta segunda-feira, após fala na Fiesp de que o governo pretende acabar com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na reforma tributária....
O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, impulsionou a alta das taxas de juros nesta segunda-feira, após fala na Fiesp de que o governo pretende acabar com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na reforma tributária.
De acordo com ele, a revogação do corte de 35% do tributo também foi considerada no pacote de medidas apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada, mas a equipe econômica acabou desistindo da ideia. A fala foi vista com desconfiança pelo mercado e como uma sinalização de que o governo não estaria tão empenhando em atuar para garantir as receitas necessárias para cobrir os gastos. No fim da sessão, os juros futuros apresentavam ganhos ao longo de todos os prazos de vencimentos.
A bolsa de valores também teve um dia difícil, com repercussões da disputa entre os bancos e a Americanas puxando boa parte do índice para baixo. No entanto, a grande influência baixista no Ibovespa foi a Vale, que caiu 1,67% acompanhando parte da forte queda no preço do minério de ferro com notícias de que a China deve atuar para evitar a especulação com a commodity. Por fim, o Ibov encerrou o dia em queda de 1,54%, aos 109,2 mil pontos.
Em dia de feriado nos Estados Unidos, o dólar operou praticamente estável contra as principais moedas do mundo, mas a política pesou sobre o real, que se desvalorizou fortemente contra a moeda americana, que encerrou as negociações cotado a R$ 5,15. Com isso, a moeda brasileira fechou o dia com a segunda pior performance entre as emergentes, à frente apenas do rand sul-africano.
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