“Não foi possível impedir a invasão”, dizem policiais do Senado
Os policiais legislativos responsáveis pela segurança do Senado no último domingo afirmaram que não foi possível conter a invasão aos Três Poderes...
Os policiais legislativos responsáveis pela segurança do Senado no último domingo afirmaram que não foi possível conter a invasão aos Três Poderes.
Em depoimento, os agentes disseram que os golpistas utilizaram bombas caseiras, estilingues com bolas de gude, fogos de artifício e rojões, conforme divulgou O Globo nesta quinta-feira (12).
“Os manifestantes utilizaram pedras, paus, estilingues, grades para atacar os policiais legislativos no local, bem como destruir os obstáculos de acesso. Em face do número dos manifestantes, bem como a violência empregada não foi possível impedir a invasão do Senado Federal”, Gilvan Viana Xavier, coordenador-geral da Secretaria de Polícia do Senado Federal.
“Os manifestantes mais agressivos invadiram e foram avançando internamente quebrando vidraças, espelhos, portas, câmeras, pórticos de metal, móveis, lixeiras, extintores de incêndio, obras de arte, quadros, portal de detector de metais, raio-x. Parte desses objetos foram arremessados contra os policiais legislativos presentes no local, bem como foram utilizadas bolas de gude por meio de estilingues, fogos de artificio, rojões e bombas caseiras”, acrescentou.
Outro policial legislativo, Caio Cesar Alonso Grillo, disse que tentou negociar a saída dos invasores, mas foi obrigado a recuar devido à “violência da turba”.
“Tentou acalmar os ânimos dos manifestantes, estabelecendo técnicas de negociação e espelhamento, mas que viu-se obrigado a abandonar às pressas o local pela saída dos fundos quando a parte mais agressiva da turba, aquela com a qual não haveria diálogo, estourou a porta de vidro principal e ingressou no Plenário do Senado Federal”, afirmou em depoimento.
“O depoente e diversos outros colegas policiais tentaram negociar a saída dos manifestantes do recinto, entretanto eles se mantiveram irredutíveis, argumentando que só sairiam mortos ou quando o Exército interviesse”, continuou no depoimento.
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