Investidores de olho em pacote de Haddad e possível deflação nos EUA
O mercado vai concentrar as atenções na sessão desta quinta-feira em dois eventos com potencial para sacudir os ativos por aqui. Ainda pela manhã (10h30), os Estados Unidos divulgam os dados do CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês)...
O mercado vai concentrar as atenções na sessão desta quinta-feira em dois eventos com potencial para sacudir os ativos por aqui. Ainda pela manhã (10h30), os Estados Unidos divulgam os dados do CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês). A antecipação em torno desses números tem ajudado as bolsas internacionais a operarem no positivo nos últimos dias, com reflexos nos negócio brasileiros também.
A expectativa é de que a pressão sobre os preços por lá registre o primeiro resultado mensal negativo desde 2020, com -0,1% em dezembro na comparação com novembro. Na leitura anual, o índice deve passar de 7,1% para 6,5%, marcando o sexto mês consecutivo de queda na inflação. A trajetória dos preços ao consumidor vai indicar, na visão dos investidores, qual deve ser a estratégia do FED (Federal Reserve) para os juros nos próximos encontros. Caso os números estejam acima do esperado, as taxas devem subir, enquanto que se os dados apontarem desaceleração mais forte da inflação, a política monetária norte-americana pode adotar reduzir o ritmo de aperto.
Por aqui, às 14h30, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad promete divulgar um plano econômico para reduzir o desequilíbrio fiscal com medidas que teriam impacto entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões. Entre as ações a serem adotadas pelo governo estão o fim da redução do PIS/Cofins sobre receitas financeiras de grandes empresas e a volta do desempate a favor da União em disputas no Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais). O pacote deve amenizar parte do déficit esperado para 2023, que está na casa dos R$ 230 bilhões.
No noticiário corporativo, os investidores também acompanham teleconferência, às 9h, com Sérgio Rial, da Americanas, que anunciou ontem a saída do cargo de CEO da empresa após encontrar “inconsistências contábeis” da ordem de R$ 20 bilhões no balanço da companhia. As ações devem reagir bastante mal à notícia, que foi divulgada ontem após o fechamento dos negócios na bolsa de valores. Vale lembrar que no dia do anúncio de Rial à frente da empresa os papéis da Americanas registraram 22% de alta.
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