Pedido de agenda positiva e “aula” sobre política; os bastidores da reunião de Lula
Na primeira reunião ministerial, nesta sexta-feira (6), o presidente Lula (PT) mais ouviu do que falou. O petista, no entanto, foi enfático em dois pedidos: quer dos ministros uma agenda proativa para os 100 primeiros dias...
Na primeira reunião ministerial, nesta sexta-feira (6), o presidente Lula (PT) mais ouviu do que falou. O petista, no entanto, foi enfático em dois pedidos: quer dos ministros uma agenda proativa para os 100 primeiros dias de governo e que eles mantenham uma rotina de atendimento a parlamentares.
A preocupação do governo é diminuir as referências à gestão anterior e assegurar uma pauta própria e positiva.
Conforme três ministros ouvidos por O Antagonista, cada comandante de pasta apresentou ao presidente um relato da situação do ministério assumido. Foi pedido a eles que se limitassem a cinco minutos de fala, mas a maioria extrapolou o tempo.
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, orientou para que os atendimentos a parlamentares ocorressem nas terças e quartas-feiras. Já o chefe da Casa Civil, Rui Costa, comentou sobre como deve ser o tratamento da pasta aos parlamentares e o atendimento às demandas que chegarem dos ministros.
Muitos usaram o momento para agradecer ao presidente. Marina Silva, do Meio Ambiente, se disse “honrada” em ser a única dos presentes com três “mandatos”, tal qual Lula. Ela esteve à frente da pasta nas duas primeiras gestões do petista.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, fez uma apresentação da desmobilização dos acampamentos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Camilo Santana, ministro da Educação, prometeu apresentar dentro de 30 dias um plano para recolocar crianças na escola. Ele foi elogiado pelo presidente, e sua fala classificada como “bastante bonita”.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, demonstrou preocupação com a política de demarcação das terras.
A fala de Fernando Haddad, da Fazenda, foi uma das mais curtas. Já a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, repetiu que não tinha como se rentabilizar por atos de apoiadores —mas, de acordo com os ministros presentes, não houve mal-estar durante a fala dela.
Os ministros também negaram que tenha havido “puxão de orelha” por parte do presidente.
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