Mercado de olho na evolução da política à espera de reunião ministerial
Os investidores nacionais respiraram aliviados com a entrada em ação da turma do "deixa disso" do governo para amenizar o tom das revisões a serem feitas pelo novo governo...
Os investidores nacionais respiraram aliviados com a entrada em ação da turma do “deixa disso” do governo para amenizar o tom das revisões a serem feitas pelo novo governo. O dia de ontem foi marcado pela recuperação dos ativos nacionais, após falas mais conservadoras do indicado para a Petrobras, senador Jean Paul Prates, e membros do governo desautorizarem publicamente o ministro da Previdência, Carlos Lupi, sobre uma possível revisão na reforma das aposentadorias aprovada em 2019.
A Petrobras passou a operar em alta significativa e garantiu o fechamento do Ibovespa na positivo. A declaração de Prates de que não haverá intervenção direta no preço dos combustíveis, mas uma readequação da política de paridade de importação ajudou o papel. De acordo com o parlamentar o preço do petróleo extraído pela estatal ainda seguirá a referência internacional, mas os combustíveis deverão observar os custos locais para a formação de preço.
Quase ao mesmo tempo em que Prates falava à imprensa sobre as intenções para a petroleira, diversos membros do primeiro escalão do novo governo tentavam desfazer o estrago causado pela possível “antirreforma” da Previdência de Lupi. O movimento parece ter funcionado e, agora, o mercado espera com atenção redobrada a reunião de “arrumação” de Lula com os ministros para conseguir uma visão mais clara sobre os planos para o Brasil após a enxurrada de desencontros dos primeiros dias de mandato do novo presidente. O encontro está prevista para amanhã.
No exterior, o mercado tenta digerir o tom mais duro da ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) dos Estados Unidos e contrabalançá-lo com o avanço na reabertura chinesa. No documento da autoridade monetária divulgado ontem, o Comitê afirma estar preocupado com a insistência dos investidores internacionais na precificação de cortes nas taxas de juros por lá ainda este ano, uma vez que nenhum dos membros diretores do FED (Federal Reserve) defende a visão.
“Uma flexibilização injustificada nas condições financeiras, especialmente se motivada por uma percepção errônea do público sobre a função de reação do comitê, complicaria o esforço para restaurar a estabilidade de preços”, alertou o texto da autarquia.
No campo asiático, o aprofundamento das medidas de reabertura da economia chinesa continuam a impulsionar os ativos para a recuperação. Com isso, as bolsas de Hong Kong e da China continental tiveram mais um dia de ganhos nesta quinta-feira.
No campo das commodities, os preços do petróleo interrompem os dois últimos dias de queda e são negociados com ganhos. O barril tipo Brent era negociado em alta de mais de 2% às 8h15, a US$ 79,48 o barril. O minério de ferro operava estável com leve alta de 0,08% , aos US$ 115,15 a tonelada.
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