O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, interrompeu a sequência de três pregões negativos e encerrou o dia em alta de 1,12%, aos 105.334 pontos. O indicador operou com ganhos praticamente durante toda a sessão, mas a partir das 13h ganhou um fôlego extra com declarações mais controladas do indicado a Presidência da Petrobras, senador Jean Paul Prates, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Prates indicou à imprensa que não pretende fazer uma “intervenção direta” na política de preços de combustíveis da petroleira e nem desvinculação da referência internacional. No entanto, segundo ele, é necessário repensar a paridade de importação para os produtos feitos aqui e que, portanto, não tem custos equivalentes para frete e portos como os que são trazidos do exterior. O senador não deu detalhes sobre como isso seria feito, mas o mercado tomou a fala como positiva por não abandonar a fórmula de precificação como um todo.

As ações da Petrobras, que eram negociadas em leve baixa, inverteram o sentido e passaram a subir mais de 3,5%, revertendo parte das perdas acumuladas desde a confirmação de Prates à frente da petroleira em 30 de dezembro. Com o repique desta quarta-feira, o papel ainda acumula cerca de 5% de queda nos últimos três dias.

Além disso, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, ajudou a recuperação da B3 em entrevista em que declarou que não há intenção de rever a Reforma da Previdência. A afirmação desautorizou o ministro da Previdência, Carlos Lupi, que um dia antes tinha defendido rever as mudanças realizadas em 2019 nas aposentadorias dos brasileiros.

Apesar do noticiário mais amenos, os juros futuros continuaram a trajetória de alta nas taxas. O mercado voltou a precificar uma alta na Selic no primeiro semestre deste ano, embora ainda mantenha o início dos cortes nas taxas ainda este ano.

O real encerrou o dia em leve valorização contra o dólar. A moeda americana caiu 0,57% contra a brasileira e fechou as negociações cotada a R$ 5,43.