A exploração do trinômio “preta, mulher, favelada”
Precisa ser relativizada a questão de a vereadora Marielle Franco representar o trinômio “preta, mulher, favelada”, tão usado em proselitismos. É o que afirma O Globo em editorial. "Importa é que bandidos, com esse assassinato, buscam sinalizar que o poder é deles. Fosse Marielle 'branca e rica', a execução...
Precisa ser relativizada a questão de a vereadora Marielle Franco representar o trinômio “preta, mulher, favelada”, tão usado em proselitismos.
É o que afirma O Globo em editorial.
“Importa é que bandidos, com esse assassinato, buscam sinalizar que o poder é deles. Fosse Marielle ‘branca e rica’, a execução precisaria provocar a mesma reação do Estado e na sociedade. A morte de Marielle não pode ser apropriada por interesses partidários ou sectários. À esquerda e à direita. Será impedir que o crime possa mesmo ser um divisor de águas no confronto que Estado e sociedade travam contra o banditismo, a corrupção, contra todas as formas de delitos que solapam a cidadania e os direitos humanos em sentido amplo.
Cometido em período eleitoral, o crime tende a ser manipulado como instrumento de campanha, para atrair votos.”
O jornal considerou um “conforto” o vermelho não ter sido a cor predominante na aglomeração da Cinelândia, mas lamentou os gritos de “Fora Temer” como “demonstração de oportunismo político-partidário derivado da incompreensão do grave significado do assassinato da vereadora”.
“O momento é especial. Que seja aproveitado para se avançar nas ações integradas visando à extirpação do crime infiltrado no aparelho de segurança fluminense, bem como na coordenação entre os segmentos de toda a máquina pública que lutam contra a criminalidade.”
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