Após quatro sessões consecutivas de quedas na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), as ações da Petrobras reagem no pregão de hoje, após fala do senador Jean Paul Prates de que não haverá desvinculação do preço internacional, nem intervenção direta nos combustíveis.

A afirmação, feita durante coletiva no Palácio do Planalto, teve impacto imediato no preço de negociação do papel da petroleira que estava sendo negociado próximo a estabilidade e passou a subir mais de 3,5%.

Vale destacar, no entanto, que desde a indicação oficial do presidente Lula do nome de Prates para presidir a Petrobras no dia 30 de dezembro, a petroleira chegou a perder cerca de 10% do valor de mercado. O repique de hoje faz com que o prejuízo acumulado com o ‘efeito Prates’ fique em torno de 5%.

O noticiário favorável aos ativos de risco também foi favorecido por uma declaração do ministro da Casa Civil, Rui Costa, de que não há nenhuma revisão da reforma da Previdência em análise no governo. A fala de Costa desautoriza o ministro da Previdência, Carlos Lupi, que defendeu um mudança nas medidas adotadas com o que chamou de “antirreforma da Previdência.

Às 14h50, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, subia 1,30%, aos 105.519 pontos. Apesar do otimismo com a bolsa de valores, os juros futuros continuam operando sob pressão com as incertezas das declarações políticas, com a curva de juros voltando a precificar uma alta na Selic ainda no primeiro semestre de 2023. O real se apreciava frente ao dólar, que caia 0,23% contra a moeda brasileira a R$ 5,45.