A despedida solitária de Bolsonaro
Em 7 de março de 2019, Jair Bolsonaro fez sua primeira live semanal como presidente da República. Em 30 de dezembro de 2022, a última, horas antes de partir para os Estados Unidos...
Em 7 de março de 2019, Jair Bolsonaro fez sua primeira live semanal como presidente da República. Em 30 de dezembro de 2022, fez a última, horas antes de partir para os Estados Unidos, onde continuará seu processo de reclusão iniciado no dia 30 de outubro, quando perdeu o segundo turno das eleições no Brasil.
Na primeira transmissão, Bolsonaro estava à mesa com aliados. O então porta-voz da presidência, general Otávio Rêgo Barros, sentava-se à sua direita, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, à sua esquerda. Na última, Bolsonaro se sentou sozinho, exceto pela companhia da tradutora para libras.
Ao contrário do que era observado nas centenas de lives realizadas ao longo dos últimos quatro anos, desta vez Bolsonaro apostou em um discurso moderado e político.
Em vez de incitar o sentimento de revolta, o presidente aconselhou seus apoiadores a buscarem aliados e a confiarem em um futuro bom para o país (quando o governo eleito chegar ao fim). “Não é por isso que a gente vai jogar a toalha, deixar de fazer oposição”.
Contudo, sua manifestação foi triste, e não tão empolgante como era de costume. Bolsonaro chorou, como fez em suas últimas aparições públicas após a derrota nas urnas.
Restaram as críticas ao PT, ao Judiciário e à imprensa.
“As esperanças de vitória eram palpáveis”, disse. “Se você está chateado, está constrangido, se coloque no meu lugar. (…) Eu tenho convicção, dei o melhor de mim. Muitas vezes, com sacrifício de quem estava ao meu lado, em especial, minha esposa”.
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