Preso por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, José Acácio Serere Xavante, que se apresenta como cacique do Povo Xavante, é apoiador de Jair Bolsonaro e foi apontado como pivô das manifestações e depredações ocorridas em Brasília nesta segunda-feira (12).

A detenção foi determinada pelo prazo inicial de dez dias por suposta prática de condutas ilícitas em “atos antidemocráticos”.

José Acácio tem 42 anos e se apresenta como pastor missionário evangélico e líder indígena xavante da Terra Indígena Parabubura.

Apesar de se autoproclamar “cacique”, ele não seria um líder tradicional na sua etnia, já que se casou com uma mulher não-indígena e atua como pastor evangélico na cidade.

Filiado ao Patriota, Serere Xavante foi candidato à prefeitura de Campinápolis (MT) em 2020, mas não foi eleito.

O indígena ganhou notoriedade entre apoiadores de Jair Bolsonaro por fazer discursos acalorados em manifestações contra a vitória de Lula nas eleições presidenciais.

Em vídeo recente que circula nas redes sociais, Serere disse que o petista não iria tomar posse e pediu a saída de Alexandre de Moraes do STF.

“Ou ele [Moraes] renuncia do cargo da Suprema Corte, ou eu pego ele no pescoço e tiro ele!”, afirmou.

A pedido da PGR, Serere Xavante foi detido sob suspeita dos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do estado Democrático de Direito.